terça-feira, 13 de abril de 2010

"O caminho dos espaços imaginários" [parte 03]

"A composição, estática, ganha vida e dimensão, como se este elemento central fosse o contraponto através do qual a composição se transfigura numa única entidade. A sua presença, mais do que inicialmente se sugeria, é pelo contrário, o ponto de partida para a exploração de espaços únicos, por vezes vagamente perceptíveis, outras vezes extraordinariamente definidos, dependendo da necessidade que sentimos de constantemente atravessar a janela, de ir e vir, refugiando-nos na segurança do familiar. E quanto mais nos aventuramos, mais recompensadora a nossa viagem se torna. E mais nos apercebemos que, mais do que uma sucessão de instantâneos, aquilo que temos pela frente é algo mais precioso: o primeiro vislumbre de um mundo que teima em se afirmar não só por aquilo que mostra, mas principalmente, pela maneira em que se posiciona em relação ao local em que normalmente habitamos." Filipe Santos